A biometria é uma medida para aumentar a segurança. O primeiro passo é instalar equipamento de leitura ao lado das catracas, na entrada dos estádios. Em seguida, é feito o cadastramento dos sócios-torcedores. Por meio do cadastro, é possível cruzar as informações com os órgãos de segurança para garantir que eventuais medidas restritivas, como um mandado de prisão ou uma proibição de entrar no estádio, seja cumprida de fato. Além disso, uma eventual punição para a ser individual, diminuindo o risco de punição ao clube.
O Atlético Paranaense é o único time do país a adotar o sistema em todos os setores da Arena da Baixada, em Curitiba
Em São Paulo está em tramitação na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 779/2017, de autoria do deputado Celson Nascimento (PSC/SP), propondo a instalação obrigatória de sistemas de identificação biométrica nos estádios de futebol com capacidade superior a 10 mil pessoas. No Rio de Janeiro, uma ação civil pública criada pelo Ministério Público determina a instalação de leitores biométricos nos estádios. Ela, no entanto, está parada na Justiça. Aprovada pelo Juizado do Torcedor em maio, foi derrubada por um efeito suspensivo pedido pela própria Ferj.
O Allianz Parque, estádio do Palmeiras, admite o contato com uma empresa fornecedora do serviço de catracas para a Arena da Baixada e a Arena Grêmio, mas negou a adoção imediata da inovação. "Por enquanto, não faremos mudanças em nosso sistema. Fizemos apenas conversas para conhecer as inovações do setor de controle de acesso", informou a assessoria da Arena. Fontes ligadas ao Itaquerão afirmaram apenas que "a biometria está na lista de inovações que a arena pretende adotar, mas os prazos ainda não estão definidos". Os contatos foram feitos durante o Campeonato Brasileiro de 2017.
PROBLEMAS
A inovação não é uma unanimidade. No Sul do País, os torcedores reclamam que os clubes estão repassando os custos de implantação do sistema para os ingressos. Na Arena da Baixada, que adota o acesso em todos os setores desde setembro, os torcedores reclamam de aumento de R$ 100 para R$ 150. "(O aumento) é uma bravata. Nós damos desconto para compra antecipada. A elitização está ligada ao custo do espetáculo. Como pagar 1 milhão de reais por um atleta e cobrar 20 reais pelo ingresso?", indagou Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Paranaense e que reassumiu as funções ligadas diretamente com o futebol.
A inovação não é uma unanimidade. No Sul do País, os torcedores reclamam que os clubes estão repassando os custos de implantação do sistema para os ingressos. Na Arena da Baixada, que adota o acesso em todos os setores desde setembro, os torcedores reclamam de aumento de R$ 100 para R$ 150. "(O aumento) é uma bravata. Nós damos desconto para compra antecipada. A elitização está ligada ao custo do espetáculo. Como pagar 1 milhão de reais por um atleta e cobrar 20 reais pelo ingresso?", indagou Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Paranaense e que reassumiu as funções ligadas diretamente com o futebol.
por Agência Estado
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