O diretor de futebol do Sport Rodrigo Barros negou na tarde desta terça-feira que o clube deve R$ 5 milhões para o Fluminense pela venda de Diego Souza ao São Paulo - a cobrança é referente a 50% dos direitos econômicos do meia-atacante. O dirigente explicou o lado do Leão em um áudio enviado à imprensa.
Veja abaixo a explicação na íntegra:
"Com relação a essa situação envolvendo a negociação de Diego Souza para o São Paulo, o que o Sport tem a dizer é que recebemos a notificação com muita estranheza com relação à postura adotada pelo Fluminense, que é um clube parceiro do Sport e do São Paulo. Porém, a postura que adotou no caso específico vai de encontro a sua tradição, grandeza de clube e a sua postura anteriormente adotada em outros negócios.
O Fluminense, por meio do diretor de futebol Marcelo Teixeira, em nome do presidente, enviou um e-mail autorizando o empresário de Diego Souza a negociar o atleta e a parte do Fluminense ficaria no valor de R$ 1 milhão, os 50% que o Fluminense detinha de direito econômico do atleta. Por meio de uma carta ele estava autorizando a negociação por esse valor de forma irrevogável e irretratável. Com essa carta, o São Paulo abriu a negociação para adquirir o percentual destinado ao Sport, os outros 50%, e a transferência definitiva dos direitos federativos. E assim foi feito.
Durante o final do mês de dezembro, início de janeiro, toda a imprensa reportou essas tratativas e o Fluminense em momento algum se noticiou sobre o caso. A gente fechou a negociação com o São Paulo no dia 7 e tivemos o cuidado de, em conjunto com o São Paulo, notificar o Fluminense com base na carta enviada no final de dezembro, para indagar qual seria a conta que o São Paulo deveria fazer o depósito e dizer que o São Paulo assumiria a responsabilidade pelo pagamento junto ao Fluminense do eventual valor.
Isso foi feito, mas sem resposta. O Fluminense não se pronunciou e para a nossa surpresa, após a transferência do atleta para o São Paulo, o Fluminense notificou o Sport e o São Paulo informando que estaria cobrando 50% sobre o valor integral. Ou seja, ignorando a carta antes enviada autorizando a negociação em R$ 1 milhão.
Isso é uma postura que a gente estranha e não é condizente com a história do Fluminense. Vamos responder e entendemos que esse pleito não é devido, uma vez que tem uma carta em nome do presidente autorizando a negociação em R$ 1 mi, sem estabelecer prazos. A gente entende que é descabida, inoportuna e que não corresponde com a história do Fluminense.
Vamos responder a notificação em conjunto com o São Paulo e deixamos o Fluminense à vontade para tomar as medidas que entende cabível, mas que ao nosso ver são totalmente indevidas."
Entenda o caso
O caso é complexo. Ao ceder o jogador ao Sport em 2016, além dos 50% de direito em uma futura venda, o Fluminense acertou uma multa rescisória de R$ 3,2 milhões.
No começo deste ano, antes da abertura das negociações com o São Paulo, o estafe do próprio Diego Souza procurou o Fluminense perguntando qual o mínimo que o clube carioca aceitaria ser compensado caso não conseguisse negociar o jogador por um valor suficiente para cobrir a multa rescisória. Em resposta, o Tricolor definiu tal valor em R$ 1 milhão.
A preocupação era que o contrato de Diego com o Sport terminaria no fim de 2018 e, no meio do ano, ele poderia assinar um pré-contrato com qualquer clube, saindo sem custos. O entendimento do Fluminense é que, mesmo com tal acordo, seguiria tendo direito a metade do valor de qualquer venda em que 50% correspondesse a mais de R$ 1 milhão.
Por GloboEsporte.com, Recife
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