domingo, 18 de fevereiro de 2018

BAIANO: Ba-Vi começa com promessa de paz e termina com "quebra pau" histórico

Nada melhor que encerrar o famoso carnaval de Salvador com a disputa de um Ba-Vi. No primeiro clássico de 2018, Bahia e Vitória prometiam um clássico da paz antes da bola rolar, no Barradão, em Salvador, mas o que se viu no segundo tempo foi uma verdadeira batalha campal, que resultou em sete expulsões e o encerramento da partida após os rubro-negros terem cinco jogadores excluídos. Ah, o resultado: 1 a 1.

Antes da bola rolar, jogadores de Bahia e Vitória se uniram no centro do gramado para fazer um minuto de silêncio pelo falecimento de Danilinho, da Juazeirense, na última semana. Foi, certamente, o único minuto de silêncio em Salvador desde o início do carnaval.
Assim como os trios que circulam na Barra-Ondina, o duelo foi bastante movimentado. Logo aos onze minutos, após cobrança de falta, Kayke desviou de cabeça e exigiu grande defesa de Fernando Miguel. Aos poucos, o Vitória foi crescendo e levou perigo em finalizações de Kanu e Neílton.
Depois da parada técnica para a hidratação, o Vitória seguiu dominando e abriu o placar. Aos 33 minutos, Denílson finalizou em cima de Douglas, mas pegou o próprio rebote e finalizou alto, sem chances para a defesa do Bahia cortar.

Briga entre jogadores manchou promessa de clássico da paz
Briga entre jogadores manchou promessa de clássico da paz
A pimenta baiana ardeu, literalmente, no segundo tempo. Logo aos cinco minutos, o Bahia deixou tudo igual em cobrança de pênalti de Vinícius. Na comemoração, no entanto, o meia fez uma dancinha. Os jogadores do Vitória entederam como provocação e a chinela cantou.
Atrás do gol, jogadores dos dois times trocaram socos por cerca de cinco minutos e a confusão. Vinícius apagou de Kanu e Denílson. Edson, do Bahia, saiu do banco de reservas para bater em Neílton. Depois de dez minutos, o árbitro Jaílson Macedo Freitas reiniciou a partida. O Tricolor teve quatro expulsos (Rodrigo Becão, Edson, Vinícius e Lucas Fonseca) e o Vitória três (Kanu, Denílson e Rhayner). Na saída do gramado, Kanu acabou aplaudido pelos torcedores do Vitória.
O que houve depois do retorno da partida foi algo parecido com o futebol. O Vitória forçou duas novas expulsões, em questão de minutos, e o jogo precisou ser encerrado. Isto porque a regra do futebol exige que haja pelo menos sete atletas em campo. Por incrível que pareça a torcida do Leão comemorou a atitude da equipe em forçar o final do jogo. 

CHORORÔ?O técnico Vagner Mancini, do Vitória, ainda dentro de campo saiu indignado com a arbitragem e reclamou do diretor do Bahia, Diego Cerri. "Nós estávamos falando sobre a pressão que a diretoria do Bahia, o Diego, deu no árbitro no intervalo. Isso ninguém viu", afirmou.
"A partir do momento em que há uma briga generalizada, e ele expulsa menos jogadores do Vitória, isso está errado. Quem causou a briga não foi o Vitória. O atleta do Bahia foi vibrar na frente na torcida do Vitória. Faz o gol de pênalti e foi vibrar na torcida do Vitória? Por que não foi comemorar com a torcida do Bahia?", prosseguiu.
O atacante do Bahia lamentou o ocorrido:"Acima de tudo, ficou feio para ambas as equipes. Somos profissionais, temos que jogar e isso não aconteceu até o fim. Um episódio lamentável. Que sirva de lição para todo mundo", disse.
A briga em campo se refletiu na arquibancada. Houve confusão na arquibancada onde estavam os torcedores do Bahia. Até o término da partida havia sido registrado a prisão de 13 torcedores.
por Agência Futebol Interior

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