Sem nenhuma novidade, a velha frase: "A Copa São Paulo é a maior competição de categorias de base do Brasil". De fato é, e se torna uma oportunidade, e pode ser a última para o restrito espaço chamado futebol, o sonho de poucos.
Até 2017, como profissional de comunicação, trabalhei em 28 edições da Copinha, e este evento é cheio de novidades, curiosidades e muitas coisas estranhas também.
O número de participantes, o jogo de interesse de pessoas oportunistas envolvidas com clubes, atletas e entidades da bola, e que chegam a ocupar um grande de espaços nos estádios, e se confundindo como torcedores.
Corinthians é o maior vencedor da Copinha em quase cinco décadas de disputa
Desde sempre, a competição sempre teve casos de adulterações de idade de jovens, e o pior, muitas vezes com o aval dos pais que aceitam uma situação de crime.
Definição de Gato, em futebol, é o jogador que altera a sua idade real para parecer mais jovem e poder jogar em categorias de base inferiores com idade mais avançada do que a permitida. Em geral, os clubes não permitem esta prática, que é criminosa (falsidade ideológica).
A última foi o Gato da Japí.
PAULISTA VIROU VÍTIMA
A história mais recentemente foi justamente na última edição, e a maior vítima, o Paulista de
A história mais recentemente foi justamente na última edição, e a maior vítima, o Paulista de
Brendon manchou presença do Paulista
Responsável por falsificar a própria identidade para jogar a Copa São Paulo de Futebol Júnior pelo Paulista, o jovem zagueiro de 22 anos, que atuava com o nome de Brendon Matheus, amigo de infância de Heltton no Rio de Janeiro e que hoje está preso diante da acusação de tráfico e roubo a um posto de gasolina.
Tudo isso porque sua ex-equipe foi punida com a eliminação da Copinha depois da descoberta do caso. O Paulista faria a grande final contra o Corinthians.
Será que ele realmente não teve o apoio de ninguém? Nenhuma pessoa sabia deste crime? Alias, o crime compensa? O clube ficou nas manchetes e o jogador, valeu a pena?
E O ROMA ?
O Roma de Barueri, em 2000, conquistou a copinha pra cima de um gigante da competição, o São Paulo. O Roma na verdade é só um exemplo perfeito deste esquema. Tratava-se da união da prefeitura de Barueri que tinha intenção de investir em futebol e contou com a disposição e o dinheiro de empresários.
O Roma de Barueri, em 2000, conquistou a copinha pra cima de um gigante da competição, o São Paulo. O Roma na verdade é só um exemplo perfeito deste esquema. Tratava-se da união da prefeitura de Barueri que tinha intenção de investir em futebol e contou com a disposição e o dinheiro de empresários.
Chamado de “time de empresários” quando foi campeão, o Roma depois virou “time de gatos”. Afinal, foi descoberto que o elenco era recheado de jogadores com idade adulterada. O primeiro a ser descoberto foi Itabuna, que jogou a competição com documento de 20 anos, mas tinha 22. Depois, mais três jogadores foram investigados, e virou um escândalo.
Sandro Hiroshi: do Rio Branco para o São Paulo
O caso de gato talvez mais conhecido no Brasil é o de Sandro Hiroshi. Em 1999, descobriu-se que o atacante havia mentido a sua idade e tinha documentos falsos. Outros casos são o de Rodrigo Gral, que omitiu dois anos de sua real idade, de Emerson Sheik, e de Anaílson.
Não distante, dois jogadores do Figueirense foram mascarados". Carlos Alberto, que havia reduzido sua idade em cinco anos, e Michel Schmöller, que dizia ter 18 anos quando tinha 20; por este motivo, Michel foi cortado da Seleção Brasileira sub-17 nos Jogos Pan-americanos de 2007.
ESCÂNDALO MEXICANO
Um dos casos mais famosos no mundo aconteceu em 1988 com a seleção mexicana, no episódio que ficou conhecido por Escândalo dos Cachirules.
Um dos casos mais famosos no mundo aconteceu em 1988 com a seleção mexicana, no episódio que ficou conhecido por Escândalo dos Cachirules.
Países africanos também sofrem com "gatos", devido à falta de condições para fiscalização da idade real dos jogadores.
Um problema recorrente, todos sabem, mas ninguém faz nada para realmente ter uma apuração correta.
A verdade é que em todas as profissões existem os bons e os maus, e é assim também com jornalistas sérios e outros nem tanto, e assim em todas as profissões, no mundo o sistema é esse.
ÉTICA E RESPEITO
Não sou contra empresários ou agente de jogadores, mas tudo tem que ser feito com ética e respeito.
Não sou contra empresários ou agente de jogadores, mas tudo tem que ser feito com ética e respeito.
Fica a torcida para que a Copa São Paulo continue revelando, mas também fica a torcida para que as notícias sejam só de bola, e não dos tribunais.
por RIVELINO TEIXEIRA - Jundiaí
Nenhum comentário:
Postar um comentário