A equipe de experts e os advogados de Paolo Guerrero, Pedro Fida e Bichara Neto, buscaram um arqueólogo para tentar provar que a substância encontrada no corpo do atleta pode permanecer no organismo por anos. Na realidade, por séculos.
Um estudo realizado por universidades britânicas, peruanas, dinamarquesas e argentinas, publicado em 2013, é a base desse argumento. A avaliação se concentra em três múmias: uma garota de 13 anos, outra de quatro e um menino de cinco. Todos foram encontrados no topo do vulcão Llullaillaco, na Argentina, um dos lugares sagrados para o sacrifício humano entre os incas e localizado a mais de 6,7 mil metros de altitude.
Folhas de coca foram encontradas entre seus dentes e a tese principal dos especialistas é de que a menina foi obrigada a consumir aquele produto antes do sacrifício. Quinhentos anos depois, o produto continua a ser detectado em seu corpo. "Análise do cabelo revela a presença de coca e de benzoilecgonina, o que mostra que todas as três crianças haviam digerido coca", apontou o estudo. As múmias revelam 7 nanogramas por miligrama de cabelo. Nanograma é a bilionésima parte do grama.
Apesar de ter conseguido uma redução da pena para apenas seis meses, Pedro Fida e sua equipe levarão o caso à Corte Arbitral dos Esportes (CAS, na sigla em inglês), onde tentarão isentar o jogador de qualquer punição. As audiências devem ocorrer nas primeiras semanas de 2018.
por Agência Estado
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