O Bahia saiu na frente na grande final do Campeonato Baiano. Jogando na Arena Fonte Nova, em Salvador, com torcida única, o time de Guto Ferreira controlou a partida e venceu o rival Vitória por 2 a 1, com gols de Edigar Junio e Vinícius – Luan descontou. O clássico, que outrora ficou marcado por brigas, discussões e expulsões, mostrou outra cara neste domingo. Sobrou respeito e rivalidade sadia dentro de campo, com futebol jogado.
No próximo domingo, às 16 horas, os dois times voltam a se enfrentam, desta vez no Barradão e só com a presença da torcida do Vitória. O Vitória precisa vencer por apenas um gol de diferença para avançar, já que fez a melhor campanha e atua por dois resultados iguais. Já o Bahia joga por um empate ou um novo resultado a seu favor.
OUTRO JOGO
A final do campeonato começou antes mesmo da bola rolar em Salvador. Decretado vencedor por 3 a 0 do primeiro clássico da temporada, no dia 18 de fevereiro, o Bahia queria mostrar que poderia ter virado aquela partida durante os noventa minutos – o jogo terminou 1 a 1, mas o STJD decidiu pela vitória tricolor. Tudo porque o Vitória teve cinco jogadores expulsos, obrigando o árbitro Jailson Macêdo Freitas a encerrar a partida por falta de quórum.
Pouco mais de um mês depois eles voltaram a ficar frente a frente, agora na grande decisão do estadual. Com torcida única, por determinação do Ministério Público, o Bahia teve a vantagem de poder marcar dois gols e comemorar, sem se preocupar com possíveis (interpretações de) provocações ao rival. Por fim, Vinícius, um dos pilares de toda a confusão naquele jogo do Barradão, deixou a sua marca e comemorou com a mesma dancinha, agora em clima de festa.
Dentro de campo o jogo começou acelerado e o Vitória quase abriu o placar aos sete minutos, em cobrança curta de Neilton para Nickson, que cruzou para Fellipe Soutto. O volante testou bonito, exigindo boa defensa de Douglas Friedrich. Mais tarde, aos 17 minutos, o Bahia conseguiu responder. Léo cobrou um lateral para a área e Fernando Miguel saiu do gol para afastar. No rebote, Vinícius pegou de primeira e mandou por cima da meta.
Mas a rede só balançou aos 24 minutos, em lance duvidoso para o trio de arbitragem. Zé Rafael deixou com Vinícius na intermediária, o atacante carregou pela direita, acompanhou a movimentação de Edigar Junio e lançou o companheiro nas costas da zaga. Ele recebeu e tocou na saída de Fernando Miguel, sem chances para o goleiro. No replay, pausando o lance, o posicionamento do jogador do Bahia no momento do passe deixa dúvidas, ainda assim, o auxiliar confirmou o primeiro gol da partida.
RIVALIDADE
Outro lance que acrescentou pitadas de rivalidade ao jogo aconteceu aos 33 minutos. Neílton recebeu em velocidade pela direita e saiu frente a frente com Douglas Friedrich. O goleiro saiu do gol para tentar cortar e deu um carrinho bem estabanado. O atacante tentou bater por cima do adversário e a bola explodiu no peito. Os jogadores do Vitória ficaram pedindo toque no braço e o árbitro marcou a falta, mas deu apenas cartão amarelo.
No segundo tempo, com apenas cinco minutos de bola rolando, o Bahia já conseguiu ampliar a sua vantagem. Vinícius recebeu pela esquerda, invadiu a grande área e dividiu com Fernando Miguel. O árbitro entendeu como lance faltoso e marcou a penalidade máxima. Na cobrança, o próprio atacante ajeitou na marca da cal e mandou com força no meio do gol, alta, sem a menor chance para o adversário. Na comemoração fez a sua tradicional dancinha para a torcida, desta vez sem desencadear nenhuma confusão – felizmente.
CRESCEU
Só que pouco tempo depois o Vitória colocou fogo no jogo mais uma vez. Com 13 minutos, Neilton acertou uma linda tabela com Juninho pela ponta esquerda, ganhou espaço e cruzou rasteiro para o meio. Luan, que entrou no início do segundo tempo, tocou de perna direita e mandou no ângulo de Douglas Friedrich, que nada pode fazer. Depois disso o Bahia cresceu ainda mais no jogo, mas não conseguiu aumentar a sua vantagem.
Com 23 minutos, Vinícius arriscou um chute colocado de fora da grande área, mas a bola saiu pela esquerda de Fernando Miguel. Depois, aos 29, Marco Antônio tocou para Ediguar, que levantou a cabeça e encontrou Léo livre na grande área. O lateral arriscou uma finalização firme contra o goleiro, que fez uma linda defesa. Por fim, aos 34, Régis ganhou espaço pelo meio e mandou entre as pernas da marcação, mas acabou travado na hora do chute.
FICHA TÉCNICA
Fase
Final
Rodada
1ª rodada
Data
01/04/2018
Horário
16h00
Local
Fonte Nova - Salvador (BA)
Árbitro
Luiz Flávio de Oliveira
Renda
R$ 864.596,50
Assistentes
Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo van Gasse
Público
39.086 pagantes
Cartões Amarelos
Bahia: Lucas Fonseca, Tiago, Douglas Friedrich
Vitória: Walisson Maia
Gols
Bahia: Edigar Junio 24' 1T, Vinícius 7' 2T
Vitória: Luan 12' 2T
Bahia
Douglas Friedrich;
João Pedro, Lucas Fonseca, Tiago e Léo;
Elton (Nilton), Gregore, Vinícius (Régis), Marcos Antônio (Allione) e Zé Rafael;
Edigar Junio.
João Pedro, Lucas Fonseca, Tiago e Léo;
Elton (Nilton), Gregore, Vinícius (Régis), Marcos Antônio (Allione) e Zé Rafael;
Edigar Junio.
Técnico: Guto Ferreira
Vitória
Fernando Miguel;
Lucas, Walisson Maia, Ramon e Pedro Botelho;
Uillian Correia, Fillipe Soutto, Juninho (Guilherme Costa) e Nickson (Alex Baumjohann);
Neilton e Jonatas Belusso (Luan).
Lucas, Walisson Maia, Ramon e Pedro Botelho;
Uillian Correia, Fillipe Soutto, Juninho (Guilherme Costa) e Nickson (Alex Baumjohann);
Neilton e Jonatas Belusso (Luan).
Técnico: Vágner Mancini
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